São Paulo: Justiça bloqueia frota de ônibus e R$ 40 milhões da UPbus

São Paulo: Justiça bloqueia frota de ônibus e R$ 40 milhões da UPbus

16 de junho de 2022 Off Por Redação Revista do Ônibus

SÃO PAULO – O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o bloqueio da frota de ônibus, imóveis e a quantia de R$ 40 milhões da empresa de ônibus UPBus, e do contador João Muniz Leite, que foi responsável pelo Imposto de Renda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, até hoje, cuida da contabilidade e divide sala com empresas do filho do petista, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, durante uma ação judicial do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico – Denarc.

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A Polícia Civil de São Paulo, investiga a UPbus que opera linhas municipais na zona leste de São Paulo no âmbito da Operação Ataraxia, que apura o uso da empresa de ônibus pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC, para lavagem de dinheiro.

A frota da empresa de ônibus que possui cerca de 250 coletivos entre ônibus e micro-ônibus foram objeto de sequestro na ação judicial. Os veículos, seguem operando as linhas municipais, porém, não poderão ser vendidos pela direção da empresa e toda arrecadação da operação seguirá sendo depositada em uma conta judicial.

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A Polícia Civil informou que o contador e Anselmo ganharam o prêmio da loteria federal, quando o contador recebeu o valor de R$ 16 milhões e Anselmo R$ 24 milhões. Ainda segundo as investigações, o contador foi responsável por cria uma empresa em nome de Eduardo Camargo de Oliveira, identidade falsa de Anselmo.

Na tarde desta terça-feira (14), o delegado da Polícia Civil de São Paulo, Gustavo Mesquita, protocolou um pedido de apuração pela Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo, sobre as denúncias de que o vereador do PT, Senival Moura, teria ligação com o crime organizado.

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São Paulo: Polícia Civil pede que Corregedoria da Câmara investigue vereador Senival Moura - revistadoonibus
Foto: Reprodução de Redes Sociais
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O delegado da Polícia Civil de São Paulo informa que seu pedido se baseou no artigo 12 da Resolução 7 de 29 de maio de 2003, que prevê investigação a quem pratica irregularidades no exercício de mandato.

“Esses fatos gravíssimos têm que ser apurados. É inadmissível que um vereador supostamente envolvido em fatos como esse possa continuar exercendo suas funções na Câmara Municipal”, afirmou Mesquita.

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São Paulo: Polícia Civil pede que Corregedoria da Câmara investigue vereador Senival Moura - revistadoonibus
Foto: Reprodução de TV
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A investigação suspeita que Moura estaria envolvido na morte de um ex-diretor da Transunião, Adalto Soares Jorge. Em março de 2020, Adalto estava no estacionamento de uma padaria na zona leste da capital quando foi surpreendido por um homem armado. Imagens de circuito mostram o momento do assassinato. A investigação aponta ainda que Adalto era testa de ferro do vereador na direção da empresa, que seria utilizada para lavagem de dinheiro de membros da facção criminosa.

Dois homens foram presos e levados à Especializada, onde passaram pelos trâmites policiais e foram encaminhados ao cárcere à disposição da justiça.

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Na última quinta-feira (9), os policiais prenderam o principal suspeito do assassinato e suposto autor dos disparos, Jair Ramos de Freitas, conhecido como Cachorrão. Devanil Souza Nascimento, conhecido como Sapo, também foi preso. Ele era motorista do vereador e é suspeito de ter levado Adalto até a padaria.

DEIC indica que integrantes do PCC são donos de 30% a 40% da frota da companhia. 13 ônibus foram apreendidos. Além da Transunião, outra empresa de ônibus, a UP Bus também é alvo da polícia. A companhia é investigada pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico. O DENARC disse ter provas que, pelo menos, cinco chefes da empresa fazem parte de facções criminosas e apurou que de 2015 a 2021 o número de sócios passou de três para 60 e o capital da Up Bus de R$ 1 milhão para R$ 20 milhões.

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São Paulo pode romper contrato com as empresas que foram alvo de operação policial - revistadoonibus
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De acordo com o delegado Fábio Lopes, que é diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais – DEIC, foi o parlamentar quem colocou Adalto como diretor da Transunião. “O Adalto era, então, presidente da cooperativa. No mês de fevereiro ele foi afastado e no mês de março foi morto. Nós começamos a investigar a partir daí. Nós chegamos à conclusão que ele tinha sido morto por meio do crime organizado. Parece que houve um desvio de um valor muito grande do dinheiro que teria que ser repassado para os cooperados, no caso, agora, os acionistas. E uma parte grande desse dinheiro teria que ser repassado para os membros dessa organização criminosa. E parece que teve um desvio”, comenta o delegado.

Por conta da repercussão do assunto na imprensa, o vereador Senival Moura – PT não apareceu para trabalhar na Câmara Municipal de São Paulo nesta última sexta-feira (10), um dia após operação realizada pela Polícia Civil para investigar sua ligação com o crime organizado, o Primeiro Comando da Capital – PCC.

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São Paulo pode romper contrato com as empresas que foram alvo de operação policial - revistadoonibus
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Atualmente, as empresas de ônibus TransUnião e UP Bus, transportam mais de nove milhões de passageiros por mês na cidade de São Paulo, como informou a Jovem Pan. A Transunião opera dois lotes, um com 40 linhas, que vai de São Miguel Paulista ao Itaim Paulista e outro com dez, que vai da Vila Prudente a São Mateus. Já a UP Bus é responsável por 13 linhas, que vão do Tatuapé a São Miguel Paulista.

Vereador nega acusação

Em nota, Senival Moura disse nos últimos dias que foi surpreendido pela ação da polícia e que não tem envolvimento com as ações, além de estar à exposição da justiça.

Na tarde desta terça-feira (14), Senival Moura, divulgou um vídeo em sua rede social, falando sobre a situação, como podemos ver abaixo.

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São Paulo pode romper contrato com as empresas que foram alvo de operação policial - revistadoonibus
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Câmara Municipal de São Paulo recebe pedido para abertura da CPI dos ônibus

Vale lembrar que mais três empresas de ônibus também seguem sendo investigadas por possível participação no mesmo esquema no qual estaria envolvida a empresa TransUnião Transportes.

O pedido para a abertura da CPI dos ônibus na Câmara Municipal de São Paulo foi protocolado pelo vereador Mario Palumbo Junior, também conhecido como delegado Palumbo – MDB, após a Polícia iniciar duas operações que investigam membros de duas empresas de ônibus que atuam linhas municipais em São Paulo.

Depois da operação policial, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes – MDB, afirmou que pode quebrar os contratos com as empresas, caso as irregularidades sejam comprovadas. “Essa etapa é de investigação, portanto, apesar de parecerem robustas as próprias, ainda está em investigação, estando em investigação, a prefeitura não tem o que fazer, porque não tem a confirmação. Havendo a comprovação de que houve a utilização da concessão, portanto, o contrato firmado da prefeitura e empresa, e que esse contrato foi usado para fazer a lavage, de forma muito rápida, nós vamos fazer a rescisão contratual”, disse Nunes.

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Com informações da Prefeitura de São Paulo e Polícia Civil de São Paulo

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