Ônibus seguem lotados no Rio de Janeiro durante o isolamento social. Falta fiscalização

Ônibus seguem lotados no Rio de Janeiro durante o isolamento social. Falta fiscalização

30 de março de 2020 Off Por Redação Revista do Ônibus

RIO – Em meio ao isolamento social, imposto pela prefeitura do Rio em conjunto com o governo do estado, após 15 dias da determinação dos governos, a cena que se vê na manhã desta segunda-feira (30), é de pessoas aglomeradas sejam em estações do BRT Rio, ou dentro dos ônibus urbanos que circulam pela cidade, aumentando com isso, o risco da proliferação do novo coronavírus, faltando fiscalização da Secretaria Municipal de Transportes, que segue tendo uma ação pouco eficiente, ao longo dos últimos anos.

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A reportagem do RJTV, mostrou no início da tarde desta segunda-feira (30), que ônibus urbanos seguem lotados e com muitos passageiros em pé, indo na contra-mão do que propaga o governo municipal. A cidade se repete, nos ônibus do BRT, nas Barcas e nos trens da Supervia, como mostrou a reportagem da TV Globo.

Por volta de 7h, grandes filas de passageiros se formavam no Terminal do Alvorada, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, principal ligação entre os corredores TransOeste, Transolímpico e Transcarioca, como podemos ver abaixo.

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Foto: Reprodução de TV

Além da Barra da Tijuca, ainda nesta manhã, nos bairros de Madureira, Campo Grande e Centro, foram registrados ônibus trafegando com passageiros em pé.

“Deveria haver fiscalização ‘in loco’ para que as pessoas sentem nos BRTs longe umas das outras. Tendo uma pessoa contaminada ali, os outros correm o risco de serem contaminados, também”, recomendou o epidemiologista e diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ, Roberto Medronho.

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O Disque-Aglomeração, criado pela Prefeitura do Rio, também vai servir para denunciar problemas nos transportes.

“Estamos abordando os transportes e pedindo para aqueles que estejam em pé que se retirem. Caso resista, o veículo é parado até que todos que estão em pé saim”, explicou o secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca.

Na Leopoldina, Região Central da cidade, a reportagem do RJ1 constatou que o volume de passageiros diminui após as 9h. Não havia ônibus lotados e passageiros em pé – além disso, a maioria dos coletivos passava com as janelas abertas.

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O secretário afirmou, ainda, que a prefeitura vai se reunir com empresários para flexibilizar o horário de entrada no trabalho, o que diminuiria o volume de passageiros no horário de deslocamento mais intenso – entre as 6h e as 8h.

A ideia é criar uma escala na qual os horários de entrada dos trabalhadores sejam distribuídos em três momentos: 7h, 8h e 9h.

Com informações da Tv Globo