Prefeitura de São Paulo pagou R$ 800 milhões a Transwolff e Upbus

Prefeitura de São Paulo pagou R$ 800 milhões a Transwolff e Upbus

9 de abril de 2024 Off Por Redação Revista do Ônibus
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SÃO PAULO – A Prefeitura de São Paulo, segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, teria feito o pagamento de mais de R$ 800 milhões em 2023, para as duas empresas ônibus Transwolff e Upbus, envolvidas em um grande esquema de desvio de dinheiro.

Receita Federal informa que a Operação Fim da Linha, deflagrada na manhã desta terça-feira (9), pelo  Ministério Público de São Paulo, com apoio da Polícia Militar, e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, apreenderam dirigentes das empresas de ônibus Transwolff e Upbus.

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Prefeitura de São Paulo pagou R$ 800 milhões a Transwolff e Upbus - revistadoonibus

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Segundo o MPSP, a operação teve como objetivo estrangular a ação do PCC dentro da gestão pública, e provocar prejuízo financeiro da facção.

Na avaliação dos promotores, o crime organizado tomou grandes proporções em todo o Brasil, inclusive no transporte municipal da Prefeitura de São Paulo.

Segundo a Receita Federal, entre as ações feitas por contadores profissionais, há dados de capital social de empresas com valores sem origem lícita, movimentações financeiras atípicas e distribuições de lucro desordenadas e sem lastro financeiro.

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Nos anos em que as empresas Transwolff e Upbus apresentaram prejuízos, seguiam realizando pagamento de dividendos milionários aos sócios com registro de mais de R$ 14,8 milhões movimentados entre 2015 e 2022, quando uma das empresas registrou prejuízo de mais de R$ 5 milhões.

Para agentes da Receita Federal, o esquema de distribuição desses dividendos, além de “esquentar” o dinheiro ilícito e não declarado, não realizavam o pagamento de tributos dos sócios que recebiam esses valores, já que esse tipo de rendimento é isento do pagamento de imposto de renda.

Segundo dados da investigação, os contribuintes investigados possuem um patrimônio declarado de mais de R$ 148 milhões e entre os anos de 2020 e 2022, movimentaram em suas contas correntes mais de R$ 732 milhões, como aponta a Receita Federal.

Acredita-se que poderão ser lavrados autos de infrações em torno de R$ 200 milhões para as empresas e demais envolvidos no esquema.

A Prefeitura de São Paulo deverá assumir o transporte municipal dessas duas empresas alvo de investigações.

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Com informações do Ministério Público de São Paulo e Receita Federal

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