Rio Branco: Prefeito diz que não vai dar aporte financeiro a empresas de ônibus

Rio Branco: Prefeito diz que não vai dar aporte financeiro a empresas de ônibus

21 de janeiro de 2021 Off Por Redação Revista do Ônibus

RIO BRANCO – Ao que tudo indica, a crise no transporte coletivo de passageiro na cidade de Rio Branco, deve continuar. Desde o fim do ano passado, o setor enfrenta uma forte crise financeira, onde as empresas de ônibus seguem até o momento sem conseguir arcar com o pagamento de funcionário e manter a operação dos ônibus municipais.

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Em uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (21), entre membros da Superintendência de Transportes e Trânsito de Rio Branco – RBTrans e o prefeito Tião Bocalom, o parlamentar afirmou que não vai repassar nenhum valor extra para as empresas de ônibus e que elas devem arcar com seus prejuízos.

Ainda em 2019, a gestão de Socorro Neri, cogitou que o novo prefeito eleito para começar administra a cidade a partir do dia 1º de janeiro, estaria realizando um aporte financeiro para as empresas de ônibus.

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A categoria informa que esses pagamentos poderiam ser pagos através do subsídio da Prefeitura no valor R$ 2,4 milhões, no entanto, o projeto foi rejeitado na Câmara.

Os funcionários das empresas de ônibus que operam linhas municipais, resolveram acampar na frente das empresas de ônibus, afim de impedir que os coletivos deixassem as garagens.

Em dezembro do ano passado, a prefeita apresentou um projeto na Câmara de Vereadores onde previa o repasse de R$ 2,5 milhões para as empresas de ônibus como suporte devido aos prejuízos causados pela pandemia da Covid-19. A proposta foi rejeitada por duas vezes pelos vereadores e, na época, os motoristas de ônibus chegaram a fazer cinco dias de protesto e paralisação por conta de salários atrasados.

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“As empresas de ônibus têm uma concessão pública, portanto, a responsabilidade do pagamento dos salários dos funcionários não é, nunca foi e nem será da prefeitura, é das empresas de ônibus. Nós não vamos colocar o dinheiro do suor do nosso povo à disposição de empresários. Eles já tiveram muitos lucros no passado e por que não bancam o prejuízo de agora? O Brasil inteiro, todas as empresas brasileiras estão bancando os prejuízos. Então, não vamos dar dinheiro para essas empresas de jeito nenhum, porque esse dinheiro é do povo e eu não vou queimar o dinheiro do povo”, afirmou Bocalom.

O presidente do Sindicol, Aluízio Abade, que também administra as empresas São Judas e Via Verde, prefere não comentar a situação dos rodoviários para não atrapalhar as negociações.

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Novas paralisações em Rio Branco estão previstas

Para evitar os transtornos com a possibilidades de novas paralisações em Rio Branco, o prefeito da cidade informou que irá tomar medidas para que a população não seja mais afetada.

Ainda segundo Bocalom, na quarta (20) a equipe da RBTrans se reuniu com representantes de empresas e alguns funcionários e ficou definido que as empresas vão fazer o pagamento de dezembro no início do mês de fevereiro.

Além disso, após determinação do prefeito, no prazo de 30 a 40 dias, a RBTrans vai analisar todos os contratos com as empresas de ônibus e deve dar um diagnóstico completo sobre a situação.

“Então é isso, estamos aqui para intermediar isso, nós não queremos greve, mostramos que greve é só prejuízo para nossa sociedade e, se continuarem insistindo que vão fazer greve, que vai dar confusão, não tem problema, a gente abre o transporte para outras empresas, para vans. O que não vou aceitar de jeito nenhum, como prefeito, é que a população sofra por isso”, afirmou Bocalom.

Com informações da Prefeitura de Rio Branco e Rede Amazonica

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