Prefeitura de São Paulo assume intervenção em empresas de ônibus

Prefeitura de São Paulo assume intervenção em empresas de ônibus

9 de abril de 2024 Off Por Redação Revista do Ônibus
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SÃO PAULO – A Prefeitura de São Paulo decretou a intervenção das empresas de ônibus Transwolff e Upbus, envolvidas um grande esquema de desvio de dinheiro e que seria controladas pelo Primeiro Comando da Capital – PCC.

Segundo o governo municipal, o diretor municipal de planejamento de transporte, Valdemar Gomes de Melo, foi nomeado o interventor da Transwolff e o diretor de operação, Wagener Chagas ALves, estará cm a intervenção da Upbus.

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Prefeitura de São Paulo assume intervenção em empresas de ônibus - revistadoonibus

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A Prefeitura afirma que os comitês de intervenção nas empresas de ônibus contam com membros da Controladoria-Geral do Município, da Secretaria Municipal da Fazenda e da Procuradoria Geral do Município.

A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo e a SPTrans, darão apoio para garantir a continuidade dos serviços de transporte coletivo público de passageiros.

Segundo a prefeitura, o objetivo é assegurar que as empresas cumpram as determinações e estipulações contratuais, incluindo a realização de auditorias conforme necessário.

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Prefeitura de São Paulo assume intervenção em empresas de ônibus - revistadoonibus

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Receita Federal informa que a Operação Fim da Linha, deflagrada na manhã desta terça-feira (9), pelo  Ministério Público de São Paulo, com apoio da Polícia Militar, e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, apreenderam dirigentes das empresas de ônibus Transwolff e Upbus.

Segundo o MPSP, a operação teve como objetivo estrangular a ação do PCC dentro da gestão pública, e provocar prejuízo financeiro da facção.

Na avaliação dos promotores, o crime organizado tomou grandes proporções em todo o Brasil, inclusive no transporte municipal da Prefeitura de São Paulo.

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Prefeitura de São Paulo assume intervenção em empresas de ônibus - revistadoonibus

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Segundo a Receita Federal, entre as ações feitas por contadores profissionais, há dados de capital social de empresas com valores sem origem lícita, movimentações financeiras atípicas e distribuições de lucro desordenadas e sem lastro financeiro.

Nos anos em que as empresas Transwolff e Upbus apresentaram prejuízos, seguiam realizando pagamento de dividendos milionários aos sócios com registro de mais de R$ 14,8 milhões movimentados entre 2015 e 2022, quando uma das empresas registrou prejuízo de mais de R$ 5 milhões.

Para agentes da Receita Federal, o esquema de distribuição desses dividendos, além de “esquentar” o dinheiro ilícito e não declarado, não realizavam o pagamento de tributos dos sócios que recebiam esses valores, já que esse tipo de rendimento é isento do pagamento de imposto de renda.

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Prefeitura de São Paulo deve assumir operação de ônibus - revistadoonibus

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Segundo dados da investigação, os contribuintes investigados possuem um patrimônio declarado de mais de R$ 148 milhões e entre os anos de 2020 e 2022, movimentaram em suas contas correntes mais de R$ 732 milhões, como aponta a Receita Federal.

Acredita-se que poderão ser lavrados autos de infrações em torno de R$ 200 milhões para as empresas e demais envolvidos no esquema.

Prefeitura de São Paulo deverá assumir o transporte municipal dessas duas empresas alvo de investigações.

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Com informações do Ministério Público de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e Receita Federal

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