
BH: Procurador acusa empresas de fraudes fiscais e falsidade
1 de agosto de 2023BELO HORIZONTE – As empresas de ônibus Trans Oeste que atende a região do Barreiro, e a Viação Torres, do Consórcio BH Leste, teriam cometido crimes de falsidade ideológica e fraude fiscal, como denuncia o procurador do Ministério Público de Contas do Estado de Minas Gerais, Glaydson Santo Soprani Massaria.
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A declaração ocorreu na manhã desta terça-feira (1º), durante as declarações na Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI dos Ônibus sem Qualidade.
Segundo o procurador, as empresas cometeram as infrações em 2008, e que já prescreveram.
Contudo, essas irregularidades citadas por ele poderiam motivar uma investigação das autoridades.
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“Verificamos recentemente, até pela operação da Polícia Federal e da Receita Federal, que há crime previdenciário. Se houve crime previdenciário, houve crime de outras naturezas, porque quando você altera a base de cálculo, você altera a base do imposto de renda e de outros impostos. Em relação à BH Leste, temos duas pessoas que aparentemente não têm capacidade financeira de possuir uma empresa dessa natureza e expertise. Com certeza, temos uma falsidade material, uma falsidade ideológica, que está bem ativa”, disse o procurador.
O procurador chegou insinuar que o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman – PSD, fora afastado, devido sua proximidade anteriormente com a família Lessa, dona da Saritur.
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As empresas ligadas a família Lessa, atualmente são responsáveis por linhas do transporte metropolitano, administrado pelo Governo de Minas.
Em 2006, época que o contrato acabou assinado, Fuad foi Secretário de Estado de Fazenda da gestão de Aécio Neves – PSDB.
“Toda conduta gera uma consequência. É hora de uma reflexão interna dos 41 vereadores”, disse o procurador do MP de Contas.
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O vereador Bruno Miranda – PDT, saiu em defesa do prefeito, lembrando que o MP de Contas não possui atribuição para pedir o afastamento do prefeito.
O presidente da Câmara de BH afirmou que “o prefeito e seus suspensórios estão presentes num crime de corrupção”. Ele disse que a CPI “não pode terminar sem resultados” e que a prefeitura estaria “com medo” dos andamentos que a comissão pode alcançar.
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Com informações da Câmara Municipal de Belo Horizonte, O Tempo e Rádio Itatiaia
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