
Campinas: Cooperativa Altercamp é alvo do MPSP
8 de julho de 2023CAMPINAS – Em conjunto com a Polícia Militar, por meio do 1º Batalhão de Ações Especiais – BAEP, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO deflagrou, na manhã desta sexta-feira (7/7), a terceira fase da Operação Sumidouro.
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Os trabalhos miram em atividades financeiras de organização criminosa dedicada ao tráfico de entorpecentes em Campinas e região, buscando reprimir a prática de crimes de lavagem de dinheiro e sequestrar bens dos envolvidos.
Dentre os esquemas para lavagem de dinheiro, constatou-se que a organização criminosa mantém linhas de transporte público alternativo em Campinas, em nome de laranjas, para dar verniz de legalidade ao dinheiro oriundo do tráfico de drogas, inclusive com o recebimento de subsídios da municipalidade.
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As diligências também visam a apurar a participação, nas práticas criminosas, de pessoas ligadas a uma cooperativa.
As autoridades cumpriram três mandados de prisões temporárias e nove de busca e apreensão. Duas pessoas acabaram presas por porte ilegal de armas de fogo.
Além disso, houve o sequestro de imóveis e veículos da organização criminosa, incluindo seis ônibus, dentre outras medidas patrimoniais.
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Por decisão judicial, os investigados estão proibidos, por si ou em nome de terceiros, de explorar linhas de transporte público em Campinas ou qualquer outra localidade.
A Operação Sumidouro recebeu esse nome pelo fato de os investigados usarem galerias pluviais da cidade para ocultar e comercializar os entorpecentes.
As investigações são decorrentes de outra operação, esta deflagrada pelo GAECO e pela PM em 20 de abril de 2022. Na ocasião, houve a prisão do sobrinho de um sequestrador ligado à facção criminosa conhecida como PCC e a apreensão de cinco armas de fogo, munições, aparelhos de telefone celular, cadernos com contabilidade do tráfico de drogas na cidade de Campinas, documentos e a quantia aproximada de R$ 306 mil em espécie.
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O homem preso durante os trabalhos acabou denunciado pelos crimes de associação para o tráfico, porte de arma de fogo e corrupção ativa, sendo condenado a 16 anos e 8 meses de reclusão.
Participaram da operação desta sexta quatro promotores de Justiça, 12 servidores do Ministério Público e 65 policiais militares.
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Emdec se manifesta
A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas – Emdec afirma que a Administração não possui contrato com a Cooperativa Altercamp e os termos de permissão são assinados diretamente com cada um dos permissionários da Cooperativa.
A Emdec afirma que repassa 21% para a Cooperativa para cobrir gastos administrativos e operacionais, cujos cálculos acabam feitos por ela.
“A Emdec não tinha conhecimento dessa operação do Gaeco e vai acompanhar o desenrolar das investigações para tomar as providências que venham a ser necessárias, em relação aos permissionários que estejam envolvidos, após a conclusão da investigação”, afirma a nota
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Com informações do Correio Popular e Ministério Público de São Paulo
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