Catedral é condenada a indenizar passageira por higienização precária em ônibus, diz TJDFT

Catedral é condenada a indenizar passageira por higienização precária em ônibus, diz TJDFT

28 de outubro de 2022 Off Por Redação Revista do Ônibus

BRASÍLIA – O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT, informa que a Catedral Turismo, conhecida como Kandango Transporte Turismo terá que indenizar uma passageira pela higienização precária na parte interna do ônibus.

Catedral é condenada a indenizar passageira por higienização precária em ônibus - revistadoonibus

Ainda segundo o TJDFT, ao manter a condenação, a 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do DF observou que a empresa não observou as regras sanitárias básicas.  

Narra a autora que comprou passagem para o trecho Brasília x Recife com embarque previsto para o dia 04 de janeiro. Ela relata que, ao entrar no ônibus, percebeu sujeira acumulada, como pedaços de bolacha, casca de frutas, latas, garrafas de plástico e embalagens jogadas no piso e nos bancos. Além disso, de acordo com a autora, o veículo estava infestado de insetos, como baratas. Pede para ser indenizada.  



Catedral é condenada a indenizar passageira por higienização precária em ônibus - revistadoonibus

Decisão do 2º Juizado Especial Cível de Brasília concluiu que o estado precário do ônibus, por si só, colocou em risco a saúde dos passageiros, que foram expostos à sujeira e ao contato com insetos durante horas”. A empresa foi condenada a pagar a autora a quantia de R$ 3 mil a título de danos morais. A Kangando recorreu sob o argumento de que não cometeu ato ilícito que possa justificar a condenação.  

Ao analisar o recurso, a Turma observou que as imagens mostram que o ônibus “estava infestado de insetos, como baratas”. Para o colegiado, houve falha na prestação do serviço quanto à higienização do veículo.  

Catedral é condenada a indenizar passageira por higienização precária em ônibus - revistadoonibus

“Não foram atendidas regras sanitárias básicas, levando a consumidora à exposição de sua saúde e segurança, além de privá-la de um conforto mínimo esperado para uma viagem longa”, registrou. No caso, segundo a Turma, houve violação aos direitos de personalidade da autora (…) hábil a compor uma indenização por dano moral, restando patente a ofensa à sua dignidade e integridade. Aqui, não se trata de mero inadimplemento contratual, mas sim de situação com reflexos prejudiciais à psique da recorrida, o que é digno de compensação”.  

Dessa forma, a Turma manteve a sentença que condenou a Kandango Transporte Turismo a pagar a autora a quantia de R$ 3 mil a título de danos morais.  

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A decisão foi unânime.  

Acesse o PJe2 e saiba mais sobre o processo: 0720057-12.2022.8.07.0016 

Com informações do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT