Vídeo: Greve geral atinge o transporte público na França nesta terça-feira

Vídeo: Greve geral atinge o transporte público na França nesta terça-feira

18 de outubro de 2022 Off Por Redação Revista do Ônibus

PARIS – Uma paralisação atinge toda a França nesta terça-feira (18), após sindicatos convocarem funcionários dos setores de energia, transportes e demais setores chaves, onde exigem um aumento salarial que passe aliviar o impacto da alta inflação.

Greve geral atinge o transporte público na França nesta terça-feira - revistadoonibus

Os trabalhadores franceses ainda denunciam que a greve dos petroleiros já ultrapassa três semanas e vem impactando a vida de milhões de pessoas, prejudicando o transporte e a mobilidade de inúmeras cidades, assim como o abastecimento de alimentos e de combustíveis.

O transporte é um dos mais afetados nesta paralisação de hoje, já que muitos franceses enfrentam interrupções nas viagens em trens e ônibus regionais, enquanto alguns serviços do Eurostar entre Paris e Londres foram cancelados. O sindicato da CGT também pediu aos trabalhadores portuários que mantenham paralisações durante todo o dia.



Greve geral atinge o transporte público na França nesta terça-feira - revistadoonibus
Foto: Reprodução de Redes Sociais

No Sul da França, em cidades como Toulouse, no sul do país, os moradores precisam ter mais paciência no dia de hoje, onde chegaram a esperar pelo embarque em trens em pelo menos duas horas de atrasos em relação aos dias normais.

O sindicato CGT convocou ainda trabalhadores do setor de energia, estudantes e professores, além de funcionários públicos e demais áreas do comércio e serviço. A paralisação geral ocorre após bloqueios de semanas em refinarias e depósitos de combustível que levaram à escassez em quase um terço dos postos de gasolina do país.

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Foto: Reprodução de Redes Sociais
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A entidade sindical solicita ao governo francês um salário mínimo de € 2.000 (US$ 1.970), o que equivale a um aumento de € 300 (US$ 295), como informa o secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, em entrevista na rádio RTL.

Os oito sindicatos e organizações estudantis que convocaram a greve também se opõem à decisão do governo de forçar o retorno ao trabalho de alguns funcionários de unidades das grandes petrolíferas TotalEnergies SE e ExxonMobil Corp.

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Foto: Reprodução de Redes Sociais

De acordo com agências de notícias, o clima social é tenso. O medo de perder poder aquisitivo foi a principal preocupação dos franceses durante o último ciclo eleitoral de abril a junho e o apelo para economizar energia para evitar apagões no inverno torna o clima ainda mais pesado.

A inflação superior a 6% e os lucros recordes das empresas petrolíferas após a invasão da Ucrânia pela Rússia impulsionaram o apoio à greve em meio ao aumento da ansiedade econômica, com uma pesquisa divulgada no domingo pelo Ifop para o Le Journal du Dimanche mostrando que 82% dos entrevistados pensavam que Macron não estava fazendo o suficiente para combater a alta dos preços ao consumidor.

Com informações da RTL e CGT