Reino Unido enfrenta paralisação no transporte
18 de agosto de 2022LONDRES – O Reino Unido enfrenta uma paralisação de mais de 45 mil funcionários do transporte ferroviário, em protesto para exigir aumentos salariais devido ao aumento no custo de vida na região.
Entre 7h30 e 18h30, apenas 20% dos trens que circulam pelo Reino Unido, seguem operando, prejudicando o deslocamento de milhares de passageiros que passaram utilizar mais os ônibus, municipais e intermunicipais.
As cidades com atividade portuária significativa, como Swansea e Portsmouth, foram cortadas de trem como resultado da greve. De acordo com a imprensa local, além dos funcionários de 14 companhias ferroviárias, milhares de trabalhadores da operadora ferroviária da rede participam das greves.
O secretário-geral do sindicato de transportes RMT, Mick Lynch, disse que o setor está disposto a manter a disputa “indefinidamente”.
Enquanto um porta-voz do Ministério dos Transportes lamentou que “os líderes sindicais optaram novamente por infligir miséria e problemas no cotidiano de milhões de pessoas”.
Paralisação deve atingir os ônibus
Os moradores das principais cidades como Londres e demais municípios da região, temem que o serviço de transporte feito por ônibus também possam aderir ao movimento grevista. O Reino Unido não experimenta uma greve geral desde 1926, apesar das numerosas greves das 1970 e 1980.
A circulação dos ônibus segue funcionando desde o início da manhã desta quinta-feira (18).
Os sindicatos também denunciam a decisão do governo de modificar a lei para permitir que trabalhadores temporários substituam os grevistas.
A famosa loja de departamentos de luxo de Londres Harrods foi a “primeira empresa a ameaçar seus funcionários” de recorrer a essa lei, em meio a uma votação de funcionários sobre uma proposta de greve, segundo a Unite.
Os movimentos sociais podem prosseguir além do verão e se estender aos trabalhadores da educação e saúde, dos quais os sindicatos chamam as ofertas de aumentos salariais de 4% de “miseráveis”.
Com informações da CNN