Vídeo: Crise na Argentina já atinge o turismo rodoviário local

BUENOS AIRES – A crise econômica que segue atingindo a Argentina vem se agravando nos últimos dias com a demissão do ministro da Economia, em meio a uma inflação que ultrapassa atualmente os 60%, o que provoca uma disparada na cotação do dólar no mercado informal, bem como uma remarcação de preços no comércio.

Com medo de uma recessão ainda maior, muitos argentinos estão deixando de viajar dentro do próprio país, e empresas de ônibus e de turismo, já amargam prejuízos intermináveis. Nas principais rodoviárias de Buenos Aires e demais províncias, mesmo no fim de semana, é possível ver cada vez mais, ônibus que operam linhas intermunicipais circulando mais vazios.

Há décadas, os argentinos seguem sofrendo com a desvalorização da moeda local, porém, com a disparada da inflação e as diferenças políticas entre o presidente Alberto Fernández e a vice-presidente Cristina Kirchner se aprofundando, a renúncia do ministro Martín Guzmán, arquiteto da renegociação da dívida externa, pareceu um filme de suspense.



Deixando de viajar, muitos argentinos resolveram comprar tudo o que foi possível, já que o clima de insegurança no país é grave, com medo de o preço mudar muito em breve. Os valores no comércio argentino já haviam aumentado 15% há algumas semanas, agora sobem 20% e os importados, até 30%, informou om comerciante à agência AFP.

Para tentar conter a fuga de dinheiro, o governo argentino mantém rígidas restrições à compra de moeda estrangeira e há várias taxas de câmbio no país. Enquanto na taxa de câmbio oficial US$ 1 equivale a 132 pesos, no mercado paralelo chegou a 280 pesos nesta segunda. Depois se estabilizou em torno de 255 pesos.

Muitas empresas de ônibus que tiveram restrições por conta da pandemia da Covid-19, seguem enfrentando mais um problema, que é a falta de passageiros circulando em linhas tradicionais, já que a população que está sensíveis a qualquer sinal após recorrentes crises econômicas, estão saindo para comprar alimentos antes de um novo possível aumento.

A memória da crise de 2001 ainda está fresca. Foi a pior da história argentina, quando em plena hiperinflação o país declarou o maior calote soberano já registrado.

A mudança de ministro coincidiu com o pagamento aos assalariados de metade do bônus anual – equivalente a um salário –, o que impulsiona o consumo nesta época do ano. A isso soma-se a decisão de muitos argentinos de ir às compras por precaução, antes dos aumentos de preços. As altas são mais perceptíveis em produtos importados pagos em moeda estrangeira.

Assim, no setor de alimentos, “os preços das frutas, principalmente as que vêm do exterior como banana, mamão e melão, subiram 30% desde segunda-feira”, explicou João Quinteros, gerente de uma mercearia do bairro de Floresta.

Com informações da AFP, Band News FM, CNN Brasil e TV Globo




This post was last modified on 8 de julho de 2022 22:43

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