
Campo Grande: Empresários entram na justiça contra a paralisação dos rodoviários
21 de junho de 2022CAMPO GRANDE – A Paralisação dos rodoviários que foi deflagrada na manhã desta terça-feira (21), pegando moradores e até mesmo empresários do transporte de surpresa, segue prejudicando os moradores de Campo Grande no início da tarde de hoje.




Na tentativa de retornar parte da operação dos ônibus municipais, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo e Urbano de Passageiros de Mato Grosso do Sul protocolou na manhã desta terça-feira (21), junto ao (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região – TRT-24, uma ação em que solicita o fim da paralisação dos funcionários do Consórcio Guaicurus.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande – STTCU, Demétrio Ferreira, informou durante entrevista ao Bom Dia MS que o caso o pagamento do benefício não seja pago hoje, o serviço continuará paralisado.
“As empresas vem passando por um momento complicado financeiro, os trabalhadores vem comunicando o sindicato com frequência, agora complicou porque é questão de salário, ontem [21 de junho] era para ser depositado o adiantamento da folha [de pagamento] e não fizeram. Por isso, tomamos a decisão de fechar a empresa hoje, caso não deposite o pagamento hoje, amanha vai estar fechado também”, afirmou.




Além da população em geral, o Consórcio Guaicurus também não foi avisado sobre a greve e agora pretende acionar a justiça.
“Tava em casa tranquilo, quando me avisaram achei que seria só um alerta, não uma paralisação geral. Essa greve não pode ser assim, do jeito que estão fazendo. Tem que comunicar 48h antes, fazer uma assembleia, comunicar a população e os órgãos públicos. Vamos entrar com medida judicial e estamos correndo atrás para conseguir fazer o pagamento dos funcionários”, disse Robson Luis Strengari, diretor-executivo do Consórcio Guaicurus.




Agereg se posiciona
De acordo com Odilon de Oliveira Júnior, que é o diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos – Agereg, havia uma reunião agendada para esta terça-feira (21), com representantes do Consórcio e da prefeitura para tentar uma solução para o transporte.
“A prefeitura tem feito das tripas coração. Fizemos o reajuste contratual no começo do ano. Fizemos algumas alterações técnicas para fortalecer o sistema. Começamos a pagar as gratuidades. Isso dá quase R$ 1 milhão. Com esse aumento do diesel desequilibrou tudo”, reclama.




Segundo Felipe Barbosa, um dos advogados que representa o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo e Urbano de Passageiros de Mato Grosso do Sul, “As empresas vêm trabalhando há quatro anos com prejuízo total. O valor da tarifa não está sendo reajustado de acordo com o contrato de concessão”,. Ele disse ainda que a prefeitura forneceu subsídios meses atrás, mas que isso não foi suficiente, principalmente por conta dos impactos causados pela pandemia da Covid-19 e aumento no preço dos combustíveis. “Em março o diesel subiu 25%, agora mais 15%”.

om informações da Agereg, Campo Grande News, Sindicato dos Rodoviários, Sindicato das Empresas de ônibus de Campo Grande e TV Morena

