São Paulo: Retorno dos ônibus após o fim da greve segue de forma gradual
14 de junho de 2022SÃO PAULO – Depois que o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes ter afirmado ao apresentador José Luís Datena, o fim da paralisação dos rodoviários, durante entrevista ao programa Melhor da Tarde, a retomada dos ônibus municipais na capital ainda segue de forma gradual.
A CET registrou pico de congestionamento de veículos às 9h desta terça-feira (14) na cidade. O índice é 32% maior do que o registrado no mesmo horário na terça passada, em 7 de junho, quando foram medidos 124 km de filas.
A Prefeitura de São Paulo informou que o rodízio permanece suspenso até o fim do dia, assim como faixas de ônibus e corredores também seguem liberados para veículos. As regras voltarão ao normal nesta quarta-feira (15).
De acordo com a Rádio Bandeirantes, os empresários do transportes teriam aceitado a reivindicação dos rodoviários para o aumento de 12,47% nos salários e retroativos ao mês de maio e com isso, os coletivos que atendem as linhas municipais de São Paulo, devem voltar a circulação até o fim de hoje.
As negociações avançaram, após a Prefeitura de São Paulo ter autorizado a liberação de recursos destinados a subsídios distribuídos às empresas.
Em nota, a SPTrans confirmou que a paralisação de linhas de ônibus municipais foi encerrada às 15h20. “O atendimento nas 713 linhas paralisadas está sendo retomado de forma gradativa e deverá se normalizar até o fim do dia. A SPTrans monitora o retorno da frota da cidade para minimizar os impactos na população”, diz o texto. Três empresas já começaram a retornar à operação: Express (Zona Leste), Via Sudeste (Zona Sudeste) e Gatusa (Zona Sul).
o SindMotoristas, entidade que representa motoristas e cobradores, informou que “após 15 horas de paralisação, motoristas, cobradores e profissionais da manutenção terão o reajuste salarial retroativo à 1º de maio. A greve foi suspensa, outras reivindicações seguirão em negociação”. De acordo com o comunicado, as partes terão uma nova reunião em 5 dias úteis para negociar “outras questões que ainda estão pendentes, como o fim do horário de almoço não remunerado, PLR e o pagamento de 100% das horas extras”.
A Prefeitura de São Paulo informou que o sindicato não cumpriu a ordem do TRT e que, portanto, cobrará a multa diária no valor de R$ 50 mil. A nota também destacou que SPtrans monitora a frota na cidade, bem como a movimentação dos veículos nos percursos.
“A SPTrans obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho, no dia 31 de maio, que determinou a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A SPTrans irá solicitar à Justiça a cobrança desta multa, além de autuar as empresas pelo não cumprimento das viagens”, diz a nota da prefeitura.
Em razão de acordo entre as empresas do transporte rodoviário urbano do município de São Paulo e os trabalhadores do setor, a Justiça do Trabalho de São Paulo suspendeu o julgamento do dissídio da categoria.
A sessão estava prevista para ocorrer nesta quarta-feira (15). A nova data ainda será informada.
Com informações da Prefeitura de São Paulo e Rádio Bandeirantes e TV Globo
