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Buser descobre Fake News divulgado por funcionário da Expresso Guanabara

SÃO PAULO – A plataforma de viagens compartilhadas Buser, informou que uma das maiores empresas de ônibus do Brasil foi identificada, após investigação autorizada por decisão judicial, como origem de uma postagem criminosa para disseminar uma notícia falsa contra a Buser nas redes sociais.


A notícia falsa que foi disparada em 2019, para manchar a imagem da Buser, em uma rede social, acabou parando na justiça e fez com que a Buser, que hoje se identifica como a maior empresa de intermediação de viagens no Brasil, identificasse a origem de tal mensagem.

A buser afirmou que a Justiça determinou ao Facebook que apresentasse os e-mails responsáveis pelo perfil que fez a montagem e os endereços de IP (Internet Protocol) dos equipamentos de onde partiram os acessos. Às empresas de telefonia, a Justiça determinou que fossem listados os proprietários dos equipamentos.



Os documentos, segundo a plataforma Buser, comprovam que os acessos aos perfis foram feitos de dentro da sede da Expresso Guanabara ou por celulares ou diretamente das residências de pessoas com ligação com a empresa.

A Expresso Guanabara que é uma das maiores empresas de ônibus do Brasil, pertence à família Barata, que controla o transporte de passageiros em muitos estados. O empresário Jacob Barata Filho, chamado de “Rei do Ônibus”, foi investigado pela Lava Jato do Rio de Janeiro por ter participado de um esquema de corrupção no governo de Sérgio Cabral Filho. Condenado a 28 anos e 8 meses de prisão pelo juiz Marcelo Bretas, Barata chegou a ser preso pela Polícia Federal em 2017, na Operação Ponto Final. A prisão ocorreu quando Jacozinho, como é conhecido, tentava viajar para Lisboa, o que indicaria uma provável fuga do País, como afirmou a buser.


A montagem com a foto de um ônibus da Buser pegando fogo foi publicada nas redes sociais com a legenda: “Informamos que nosso veículo incendiou-se (sic) ontem, 12 de fevereiro, na Bahia. Foram registrados apenas prejuízos materiais. Daremos todo suporte aos passageiros prejudicados. Atenciosamente, Equipe Buser”.

Como se tratava de uma mentira, a Buser ingressou com uma ação na Justiça, que determinou a retirada da postagem da internet. A 8ª Vara Cível de São Paulo também requisitou a identificação dos responsáveis pelo crime.


Informações das operadoras identificaram que os dados correspondem à empresa Expresso Guanabara S/A, localizada na Rodovia BR-116, nº 700, Aerolândia, Fortaleza – Ceará. Também foram identificados diversos e-mails cadastrados no sistema através do domínio @expressoguanabara.com.br.

Outro documento aponta que um dos proprietários do telefone celular de onde partiram acessos está cadastrado em nome de Rodrigo Mont’Alverne, gerente de marketing da Expresso Guanabara.

A Buser já decidiu que vai processar civil e criminalmente todos os responsáveis pela divulgação da fake news. 


A Startup afirmou por meio de nota que essa não foi a primeira vez que as velhas viações de ônibus, que formam um oligopólio que dominou o setor de transporte de passageiros por décadas, utilizaram-se de fake news para tentar impedir o crescimento da Buser. A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros – Abrati, entidade que reúne as maiores empresas de ônibus do País, publica sistematicamente artigos recheados de informações inverídicas contra a concorrente digital, que já ingressou na Justiça com ações por difamação.



A Expresso Guanabara emite nota

O Grupo Guanabara não teve acesso ao teor da ação judicial e, por isso, não tem condições de se manifestar a respeito.

Chama a atenção, entretanto, que a ação seja proposta pela Buser logo após a empresa ter sido proibida de operar justamente no Ceará por decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública (SEJUD 1º Grau) por transporte ilegal e irregular.

Esta não é uma decisão isolada. A Buser tem enfrentado sucessivas derrotas na Justiça em todo o país. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por exemplo, já determinou à ANTT a adoção de medidas eficazes para evitar a ilegal e enganosa operação da empresa. A 2ª Vara Federal do Distrito Federal quintuplicou a multa por dia contra a Buser por descumprimento de uma decisão proibindo a empresa realizar viagens e oferecer passagens em circuito aberto de partidas e chegadas do DF. O descumprimento sucessivo de ordens judiciais já levou a Décima Vara Cível de Vitória (ES) a determinar o bloqueio de R$ 45,3 milhões da empresa.

O Grupo Guanabara reforça o seu compromisso com governança, transparência e com o transporte de qualidade, dentro dos maiores padrões de segurança e da Legislação Brasileira e se coloca à disposição para apurar o assunto dentre os seus mais de dois mil funcionários no Ceará.

Com informações da Buser, Expresso Guanabara e Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo



This post was last modified on 3 de março de 2022 19:35

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