Ex-CEO da Itapemirim deixou cargo ao não ver o dinheiro entrar na empresa

SÃO PAULO – Em uma entrevista da Revista Veja, o ex-executivo da Itapemirim Transportes Aéreos, Tiago Senna disse que deixou cargo depois de desconfiar dos aportes milionários prometidos para a empresa. O Grupo Itapemirim segue apresentando um cenário de desconfiança no mercado de transporte aéreo e rodoviário. Muitos clientes da Viação Itapemirim, temem que o braço rodoviário possa parar, depois da suspensão dos vôos da Ita Transportes Aéreos, mesmo após o grupo ter emitido nota afirmando que a empresa de ônibus segue funcionando normalmente.

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O ex-CEO da Itapemirim Transportes Aéreos, acabou sendo substituído em maio, por Adalberto Bogsan, no cargo de vice-presidente de novos negócios do grupo, faltando algumas semanas antes do início dos voos regulares. A cia aérea contou inclusive, com a operação de ônibus rodoviários da Viação Itapemirim no aeroporto de Salvador, como mostramos aqui.

No dia 17 de dezembro, o Grupo Itapemirim acabou suspendendo a operação de sua cia aérea em todo o Brasil, pegando milhares de passageiros de surpresa e provocando com isso, um caos generalizado nos principais aeroportos do país, gerando dúvidas e apreensões para funcionários e clientes.

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A Viação Itapemirim que opera diversas linhas interestaduais, chegou vender diversos imóveis e ônibus na tentativa de quitar os valores da recuperação judicial que ainda segue sem previsão de ser finalizada. Muitos ônibus que foram alugados pelo Grupo Itapemirim, já foram entregues para as empresas de turismo e fretamento. A empresa não informou quantos coletivos próprios e alugados estão em operação no momento.

Em entrevista ao Estado de São paulo, na última semana, o empresário dono do Grupo Itapemirim, afirmou que a suspensão das atividades da Ita Transportes Aéreos não significa que sua companhia deixará de voar. “Suspenso não é cancelado. Quando voltarmos, teremos de preencher todos os questionários da Anac, mas a Itapemirim deverá estar apta para voltar em breve”, disse Sidnei Piva de Jesus.

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O dono do Grupo Itapemirim, Sidnei Piva de Jesus, chegou anunciar em fevereiro de 2020, um aporte de US$ 500 milhões, que deveria surgir através de um fundo dos Emirados Árabes Unidos. Mesmo sem o dinheiro anunciado, o empresário conseguiu colocar sua cia aérea para voar, em meio a recuperação judicial do Grupo Itapemirim.

“A não entrada do investidor foi fator preponderante de minha negativa em assumir a empresa, sendo esse o motivo de eu não continuar como CEO da aérea, inclusive antes do primeiro voo. Minha saída posterior do grupo se deu por motivos de foro íntimo, uma vez que os novos negócios não estavam alinhados com meus princípios”. Tiago Senna, em entrevista à revista Veja.

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Itapemirim poderá demorar voltar voar

Na semana passada, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, Juliano Noman, afirmou que a empresa não pode simplesmente suspender operações e depois dizer que voltará a voar. A Anac é o órgão responsável por regular o setor aéreo.

“O primeiro ponto é que nós fomos pegos de surpresa. Não esperávamos que a companhia fosse parar. Estávamos acompanhando as operações da ITA, assim como de todas as outras empresas. Havia um movimento de retomada. A própria ITA estava melhorando a ocupação das aeronaves porque, na medida em que vai ficando mais conhecida, mais as pessoas compram suas passagens.”, disse Noman.

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Viação Itapemirim irá suspender ou paralisar 61 linhas interestaduais

O Grupo Itapemirim através da Viação Itapemirim e Viação Kaissara, teve o pedido autorizado para suprir ou paralisar 61 linhas de ônibus interestaduais, que foi feito junto a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT.

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, as duas portarias que estão sendo publicadas nesta quinta-feira (30), considera o disposto no artigo 42 da Resolução nº 5.285, de 09 de fevereiro de 2017, que dispõe sobre o esquema operacional de serviço e as regras para modificação da prestação do serviço regular de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de passageiros, sob o regime de autorização.

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A Viação Itapemirim foi procurada para comentar sobre a suspensão das linhas, porém, não comentou sobre o assunto até a publicação desta reportagem.

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Com informações da Anac, ANTT, Estadão, Veja, Band News FM, Record TV