Audiência Pública debate crise no transporte coletivo de Rio Branco
7 de julho de 2021RIO BRANCO – Uma audiência pública realizada nesta quarta-feira (7), na Câmara Municipal de Rio Branco, debate a crise no transporte coletivo da capital do Acre. Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Passageiros e Cargas do Estado do Acre – Sinttpac disseram que o transporte coletivo na Capital nunca sofreu uma crise tão intensa como a registrada neste ano de 2021.
De acordo com Francisco Leite Marinho que é presidente do Sinttpac, as empresas não estão fartura e com isso, estão sem dinheiro para arcar com a compra de óleo diesel e o pagamento dos funcionários que possuem o 13º salário atrasado desde o ano passado.
A audiência teve ainda a participação de representantes da Prefeitura de Rio Branco, da Superintendência de Trânsito de Rio Branco – RBTrans e demais funcionários das empresas de ônibus, que discutiram a desativação de 18 linhas municipais, o que segundo alguns vereadores segue afetando diretamente a mobilidade na cidade.
Vereadores diz que empresas “Nunca ofereceram qualidade”
A vereadora Lene Petecão – PSB, foi uma das parlamentarem que fez duras críticas ao transporte coletivo municipal e aos empresários de ônibus de Rio Branco. Um representante da Viação Floresta, foi o primeiro alvo da vereadora.
“Quero repor algumas verdades diante do que foi dito pelo Marcelo. Não é verdade essa história de que a empresa oferece um bom serviço há muito tempo e que nós parlamentares não queremos discutir transporte público. Nunca ofereceram serviço de qualidade para nossa população, e ele sabe do que estou falando”, disparou a vereadora.
“Outra coisa: venho da legislatura retrasada e desde lá nós estamos discutindo a qualidade do transporte público em Rio Branco. Não vou aceitar que diga isso dos vereadores”, continuou.
A parlamentar afirmou que os empresários do transporte tem medo ao não comparecer as audiência na Câmara Municipal de Rio Branco, quando há temas relacionados ao transporte.
“Cadê a cara dos donos dessas empresas?”, questionou. “O senhor não é dono. Eu nunca vi um empresário comparecer às sessões para debater o tema. Sempre ficou em um disse me disse e a história continua. Não é verdade que os senhores têm responsabilidade com a nossa população, já que só colocam ônibus sujo, quebrado e estragado para atender o povo, colocando em risco várias vidas. Pessoas com deficiência não têm plataforma adaptada”, salientou.
A parlamentar disse que se fosse prefeita não teria as empresas oferecendo serviços na cidade.
“O que vocês ofertam é de péssima qualidade. Se eu fosse prefeita, não teria as empresas de vocês oferecendo serviços à população, mas infelizmente temos que seguir aqui a pauta do dia e discutir as questões atuais. Nós não vamos colocar dinheiro nessas empresas falidas que não têm compromisso social, nem com a população e nem com a prefeitura. Não me diga que isso é mentira e não me venha com esse sorriso irônico e como essa cara cínica, porque já bati na sua empresa para cobrar salário atrasado, FGTS, falar sobre placas de outros Estados e vocês nunca me atenderam”, finalizou.
Prefeito de Rio Branco tenta ajudar os empresários de ônibus
Um projeto do governo municipal de Tião Bocalom, que visava o repasse no valor de R$ 2,5 milhões para as empresas de ônibus com a justificativa de que o aporte serviria para reduzir o valor da tarifa dos ônibus municipais, acabou sendo vetado pelos vereadores, porém, fontes ligadas a administração municipal, afirmam que o prefeito voltará representar o projeto em breve.
Além dos vereadores, a população de Rio Branco vem realizando diversas reclamações sobre a atual gestão de Tião Bocalom, nas redes sociais e também em grupos de mensagens por aplicativos.
Com informações da Câmara Municipal de Rio Branco e ContilNetNotícias