Grande Goiânia: Prefeitos determinam que apenas trabalhadores de serviços essenciais embarquem nos ônibus

GOIÂNIA – Na tentativa de conter as diversas cenas de aglomerações nos ônibus da Grande Goiânia, motivo de preocupação pelo aumento na contaminação da Covid-19, através do transporte público, o governo do estado juntamente com os prefeitos da região, determinam que a partir desta terça-feira (23), apenas os funcionários dos serviços essenciais vão poder usar os terminais e os ônibus em horário de pico, que é das 5h45 às 7h15 e entre 16h45 e 18h15. Para entrar nos terminais e coletivos, esses trabalhadores precisam preencher um cadastro no site da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo – RMTC. 

O trabalhador terá que preencher um formulário, informando seu CPF, assim como a área de atividade que exerce no trabalho, além de ter que anexar uma foto de documento, para comprovar a atividade informada. Na ausência do documento que comprove a sua atividade, o trabalhador terá que realizar a justificativa no site.

Em nota, a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo – RMTC, informa que o cadastro deve ser feito com pelo menos uma hora de antecedência ao embarque para garantir a liberação nos validadores eletrônicos de passageiros, tanto nos ônibus quanto nos terminais e estações. A validação será feita por meio dos cartões de Sitpass, que já possuem previamente o CPF do usuário.

Atividades consideradas essenciais pelo decreto estadual:

• farmácias
• trabalhadores de hospitais e similares
• clínicas de vacinação
• laboratórios de análises clínicas e estabelecimentos de saúde
• cemitérios e serviços funerários
• distribuidores e revendedores de gás e postos de combustíveis
• supermercados e congêneres, não se incluindo lojas de conveniência
• estabelecimentos que atuem na venda de produtos agropecuários
• agências bancárias e casas lotéricas
• serviços de call center restritos às áreas de segurança, alimentação, saúde e de utilidade pública
• atividades de informação e comunicação
• fornecedores de bens ou de serviços essenciais à saúde, à higiene e à alimentação

De acordo com o Governo do Estado, os horários de maior movimento de passageiros no período da manhã e também da tarde, haverá um controle na entrada dos passageiros nos terminais, através de um bloqueio temporário de 90 minutos. Durante estes horários, o usuário que trabalha em outro ramo comercial que não seja essencial terá a carteira bloqueada na entrada dos terminais.

Vale lembrar que os profissionais que não estão nos segmentos divulgados pelo decreto estaduais e municipais como prioritários, como as áreas da alimentação, farmacêutico, industrial, saúde entre outros, terá o seu embarque liberado após o período de 90 minutos. Atualmente, as atividades não essenciais, seguem com o funcionamento interrompido.

Uma videoconferência realizada neste último domingo (21) realizada entre o governador Ronaldo Caiado e a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos, Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos – CMTC, Ministério Público e os prefeitos da Região Metropolitana, definiu as novas normas da região.

Viajando nos ônibus durante a pandemia

As viagens nos ônibus de Goiânia e que circulam nas cidades da Região Metropolitana, seguem apresentando cenas de superlotação e aglomeração de passageiros seja nos coletivos ou na espera pelo embarque nos principais terminais de ônibus e nos pontos, contrariando o decreto municipal de Goiânia e uma terminação judicial, que é para o transporte circular apenas com passageiros sentados e com distanciamento social.

Segundo uma pesquisa feita pela Rede Metropolitana de Transportes Coletivos mostrou que 52,6% dos passageiros do transporte público são de serviços não essenciais, em Goiânia. Em Aparecida, o índice chega a 54,9%. O estudo foi feito pela empresa no último dia 15, entre as 6h e 10h, em dez terminais da capital.

A empresa informou que foram realizadas 516 entrevistas válidas. A margem de erro é de 4,31% para os resultados gerais, dentro de um coeficiente de confiabilidade de 95%.

O diretor executivo da RedeMob Consórcio, que opera a RMTC, Leomar Avelino disse que o levantamento indica que os moradores não estão respeitando o decreto. Segundo ele, mesmo com toda a frota nas ruas, os terminais e ônibus continuarão cheios, pois a população não está ficando em casa.

Com informações do Governo de Goiás, Tv Anhanguera e RedeMob