Lockdown em Curitiba: Sindicatos pedem medida para reduzir o contágio da Covid-19 no transporte

Lockdown em Curitiba: Sindicatos pedem medida para reduzir o contágio da Covid-19 no transporte

16 de dezembro de 2020 Off Por Redação Revista do Ônibus

CURITIBA – Temendo um aumento considerável de contágio da Covid-19, diversas entidades sindicais do setor público e privado, que atuam no município de Curitiba e na Região Metropolitana, realizaram um pedido ao Governo do Paraná e a Prefeitura de Curitiba, para que adotem o lockdown, como já ocorre em cidades da Europa.

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O pedido foi feito durante uma audiência pública na última segunda-feira (14), no Ministério Público do Trabalho – MPT, onde se discutia a lotação nos ônibus de Curitiba, principalmente no período de pico, quando os coletivos seguem circulando lotados, gerando aglomerações, aumentando com isso os risco de contágio do novo coronavírus.

Segundo os sindicalistas, todas as medidas adotadas em Curitiba e em todo o estado do Paraná, com restrições não vem surgindo efeitos, já que muitos coletivos seguem circulando lotados.

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“O entendimento da classe sindical é que um lockdown completo, de 10 a 14 dias, é a única medida efetiva para reduzir a contaminação da covid-19. Precisamos dessa medida por parte da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Estado, num momento onde pessoas estão aguardando em filas por internamento. É preciso reduzir o número de contaminados e o número de pessoas que utilizam o transporte coletivo”, afirmou Valdir Mestriner, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná – Sindiurbano.

A Prefeitura de Curitiba determinou através de decreto que a ocupação dos ônibus siga com 70% da capacidade dos coletivos. Em diversas cidades da Região Metropolitana, alguns ônibus seguem circulando com 100% da frota, como em Agudos do Sul, Balsa Nova, Itaperuçu e Quitandinha, por exemplo.

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Representantes do  Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana – Sindimoc, marcaram presença da audiência e informaram que não há como manter as ações de prevenção à covid-19 em um ônibus biarticulado, por exemplo, que mesmo com a redução da capacidade pode transportar cerca de 200 passageiros.

“Não existe possibilidade de distanciamento social com 70% da capacidade dos ônibus. Um biarticulado carrega cerca de 200 pessoas juntas. As aglomerações, principalmente nos horários de pico, acontecem em diversas linhas do transporte. Não tem diferença em pessoas aglomeradas em bares ou nos ônibus, elas estão aglomeradas do mesmo jeito. É importante ressaltar que o vírus pode estar circulando tranquilamente”, completa o presidente do Sindiurbano.

A audiência no Ministério Público do Trabalho, ainda contou com a presença de representantes da Urbanização de Curitiba – Urbs, e da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba – Comec.

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O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana – Setransp, informou que todas as medidas de prevenção adotadas contra a covid-19 nos ônibus foram apresentadas, e que as empresas de ônibus são apenas operadoras do serviço e cumprem as determinações estabelecidas pela Urbs.

Com informações do Governo do Paraná, Portal Paraná, Ministério Público do Trabalho, Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba – Comec, Urbs, Setransp e Sindimoc

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