Marcopolo se compromete a não demitir até dia 14, diz Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul

Marcopolo se compromete a não demitir até dia 14, diz Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul

2 de setembro de 2020 Off Por Redação Revista do Ônibus

CAXIAS DO SUL – A Fabricante de ônibus Marcopolo, teria se comprometido durante uma audiência na última segunda-feira (31/8), e debate ma Justiça do Trabalho, que não irá demitir mais funcionários ao menos até o dia 14 de setembro, como informa o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

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De acordo com a entidade que representa os funcionários da fabricante de ônibus, foi feita uma proposta com objetivo de restabelecer os empregos com a possibilidade de não haver demissão até o mês de janeiro de 2021.

O sindicato informou que o número de demissões na Marcopolo, não foram informadas claramente durante a audiência, já que a encarroçadora de ônibus não ter informado o número do total de profissionais desligados nas últimas semanas.

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Um outro ponto questionado pelo advogado da entidade dos metalúrgicos, Claudio Libardi Junior, foi a econômica, já que de acordo com a Convenção Coletiva Extraordinária, elaborada para o período de pandemia pelo Comitê de Crise, há uma previsão de indenização para os trabalhadores e trabalhadoras demitidos em período de suspensão de contrato ou redução de jornada, justamente com o objetivo de proteger empregos.

“Esse é o caso da grande maioria dos desligados da Marcopolo. Então, essas demissões não resultam em ganho econômico para a empresa”, afirmou Libardi.

O Comitê de Crise foi formado em março pelo pelo Sindicato dos Metalúrgicos, Simecs e Secretaria do Trabalho e Emprego.

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Uma pausa nas demissões para buscar alternativas

Marcopolo aceita suspensão de demissões por 15 dias após solicitação do presidente Assis Melo.

“A pausa nas demissões é para que a gente possa buscar alternativas. Me parece muito confortável para a empresa, ela demite, não se compromete, não pressiona governo. O trabalhador que teve sua jornada reduzida se submeteu a ter 18 meses para compensar essas horas. Na Convenção Extraordinária que criamos, o trabalhador fez de tudo para manter seu emprego. Agora, simplificam um problema que precisa ser olhado mais longe. Gostaríamos de continuar dialogando e que por um período de 15 dias não houvesse demissões, para podermos tratar das demissões e encontrar outra solução”, reivindicou Assis Melo.

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Marcopolo esclarece ajustes e quadro de funcionários, como podemos ver no comunicado na íntegra abaixo.

No final do mês de agosto a Marcopolo S.A realizou ajustes no quadro de colaboradores de suas duas unidades na cidade de Caxias do Sul.

Desde o início da pandemia do Novo Coronavírus, a Marcopolo vem tomando diversas ações para cuidar da saúde e da segurança dos seus colaboradores, dos familiares e da comunidade. Também foram utilizadas todas as medidas viáveis para preservar os postos de trabalho pelo maior tempo possível, como férias coletivas, feriados estendidos, suspensão dos contratos de trabalho e redução de jornada.

Entretanto, as restrições de mobilidade impostas pelas autoridades para impedir o avanço da pandemia afetaram os negócios de nossos clientes e a demanda por ônibus caiu significativamente em todos os mercados. Como reflexo dessas medidas, a produção total da Marcopolo no 2º trimestre foi 45,7% menor que no mesmo período do ano passado e a queda de receita foi superior a 30%. As perspectivas para o 2º semestre ainda não indicam recuperação substancial do mercado.

Apesar de todos os esforços da Marcopolo para preservar os postos de trabalho, a queda de demanda no segmento de transporte de pessoas torna necessário o ajuste no quadro de colaboradores para podermos manter a empresa funcionando. Acreditamos em uma recuperação gradual de mercado, o que permitirá a recomposição gradativa do quadro, tendo os profissionais dispensados devido à pandemia prioridade para recontratação. 

Com informações Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Marcopolo Brasil

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