Grande Goiânia: Passageiros seguem se aglomerando em terminais e viajam sentados no chão de ônibus

GOIÂNIA – O transporte urbano da Região Metropolitana de Goiânia, segue tendo problemas com aglomeração de passageiros e longa espera nos terminais rodoviários da região, devido há um decreto do governo do estado que determinou que ps veículos só podem circular com passageiros sentados, como forma de evitar a proliferação do novo coronavírus.

Acredita-se que a reabertura de parte do comércio na Região Metropolitana, tenha contribuído para o aumento no movimento de passageiros, e com isso, a atual frota de ônibus, não segue conseguindo acompanhar ao atendimento da demanda.

Para tentar diminuir a aglomeração de passageiros nos terminais, a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo de Goiânia sugeriu mudar o horário de funcionamento do comércio e de alguns serviços. Assim, evitaria que todos os trabalhadores usassem o transporte coletivo ao mesmo tempo.

A Prefeitura de Goiânia informou que deve fazer um decreto estabelecendo o escalonamento, o qual será publicado na próxima semana.

A manhã desta sexta-feira (24), a cena no Terminal Praça da Bíblica, em Goiânia, chamou atenção pelo enorme número de passageiros aglomerados nas plataformas de embarque. No local muita reclamação pela demora de aproximadamente uma hora para o embarque nos coletivos.

Ao chegar nas plataformas, os ônibus acabavam gerando tumulto entre os passageiros que se aglomeravam ainda mais em busca de embarcar o mais rápido possível. Além disso, alguns passageiros entravam, mesmo com todas as cadeiras ocupadas, e sentavam nos degraus das portas e se recusavam a sair por já estarem atrasados para o trabalho.

Fiscais e seguranças dos terminais tentaram controlar a situação, orientar os passageiros e fazer com que os que estavam desrespeitando o decreto descessem do ônibus. Porém, alguns veículos foram flagrados saindo com pessoas em pé.

“Temos uma frota que tem o seu limite. Temos 1.159 veículos que comportam, sentados, 37 mil passageiros. A demanda, às 6h da manhã, é de 27 mil, 28 mil usuários. Só que se eu colocar todos os ônibus na rua às 6h da manhã, eu não tenho mais ônibus para transportar as pessoas que precisam às 7h”, disse o presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Benjamin Kennedy Machado.

Os passageiros estão usando máscaras, conforme determinação do governo estadual. Porém, evitar aglomerações tem sido quase impossível até mesmo pelas limitações de espaço no terminal. Eles começam a formar filas, mas paredes impedem que eles consigam manter um distanciamento.

Devido a essa situação, passageiros já chegaram a protestar fechando avenidas e parando ônibus lotados. “Os patrões pensam que tem ônibus porque tem um horário, né? E não está tendo o horário. Nós ficamos prejudicados”, disse o pedreiro Jesus Moreira Ramos.

A situação também abala motoristas. Um deles chegou a abandonar o veículo devido à superlotação.

Com informações da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo e TV Anhanguera