Rodoviários de Fortaleza denunciam a falta de equipamentos de proteção para motoristas

Rodoviários de Fortaleza denunciam a falta de equipamentos de proteção para motoristas

14 de abril de 2020 Off Por Redação Revista do Ônibus

FORTALEZA – O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará – Sintro-CE, informou que um protesto foi realizado na manhã desta segunda-feira (13), como forma de chamar atenção para setor, já que de acordo com a denúncia da entidade, ao menos 30% da categoria segue trabalhando sem Equipamentos de Proteção Individual – EPI, adequado.

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Ainda segundo o sindicato, mesmo com a restrição do poder público, com o decreto de quarentena, os coletivos de Fortaleza e região seguem transportando passageiros lotados em alguns horários.

O presidente do Sintro-CE, Domingos Neto, informou que seria ideal se os rodoviários estivesse em quarentena total. Porém, como o transporte público, faz parte dos serviços essenciais, a entidade protesta contra a falta de segurança sanitária que os motoristas e demais funcionários seguem em risco, e pede para que os empresários, passem providenciar os equipamentos de proteção individual, para evitar o contágio da Covid-19 entre os funcionários do transporte.

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“A gente entende que precisamos transportar os outros trabalhadores que também são essenciais para seus locais de trabalho, e por isso somos contra trabalhar dessa forma, sem kits de higiene e máscaras”, afirma Domingos Neto.

Na última quarta-feira (8), uma campanha de arrecadação promovida pelo Sindicato, conseguiu cerca de 350 máscaras que foram doadas a categoria, no Terminal do Siqueira, durante um protesto realizado naquela dara.

“Uma máscara dessas dura duas horas, no máximo dois dias, não é suficiente; estamos fazendo a denúncia para que as empresas venham oferecer mais segurança para nossa categoria, para que eles não corram o risco de contaminação”, reforça o presidente do Sintro.

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Foto: Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará – Sintro-CE – Divulgação

Domingos Neto também denuncia que algumas empresas estão adotando medidas trabalhistas que prejudicam os profissionais. “Algumas empresas não pagaram o salário do mês de março para os trabalhadores, acharam melhor não escalar; outras passaram a descontar feriados e todas as horas-extras”, afirma o presidente do Sintro. Ele destaca que, nesse cenário, uma alternativa para as empresas seria cumprir com a medida provisória 936, que permite a redução da jornada de trabalho e do salário, sem comprometer a remuneração dos profissionais.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), que representa as empresas, negou ter conhecimento sobre a falta de pagamento do salário dos motoristas, e declara não ter sido comunicada pelo Sintro sobre as condições de trabalho dos profissionais, que estariam trabalhando sem os equipamentos de proteção individual, como máscaras e álcool em gel.

Com informações do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), O Povo e Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará – Sintro-CE