PF prende ex-secretário de Justiça do Rio que teria ajudado na fuga do “Rei Arthur” para os Estados Unidos e suspeito de receber propina de empresários de ônibus

PF prende ex-secretário de Justiça do Rio que teria ajudado na fuga do “Rei Arthur” para os Estados Unidos e suspeito de receber propina de empresários de ônibus

5 de março de 2020 Off Por Redação Revista do Ônibus

RIO – A Operação Lava Jato segue trabalhando e prendendo cada vez mais pessoas, envolvidas em esquemas de corrupção do Rio de Janeiro. Nesta manhã de quinta-feira (5), agentes da Polícia Federal, prenderam o ex-secretário nacional de Justiça do Rio, Astério Pereira dos Santos, em sua casa, no Leblon, na zona sul.

Os agentes federais, deixaram a sede da Superintendência, localizada na Praça Mauá, para realizar a prisão de Astério, já no final da madrugada de hoje, quando se dirigiram para o bairro do Leblon.

Astério, segundo o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, é suspeito de lavar dinheiro e ajudar na fuga do empresário Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur. Além dele, a PF tem como alvo o filho de Astério, o suposto sócio do ex-secretário, Carlson Ruy Ferreira, e um delegado da Polícia Civil do RJ.

Anteriormente, a PF teria cumprido sete dos nove mandados de prisão. Outros 32 mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas.

Entre 2003 e 2006, quando já estava na condição de procurador aposentado do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Astério esteve à frente da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária. Já em 2017, ele integrou o governo Temer.

Ele é o terceiro integrante do MPRJ alvo de mandado na Lava Jato. Além dele, Cláudio Lopes e Flávio Bonazza já foram investigados e presos.

De acordo com a denúncia, Bonazza recebia R$ 60 mil de mesada de empresários de ônibus para agir em benefício do setor dentro do MP. Já o ex-procurador geral de Justiça do estado, Lopes, é suspeito de receber mesada da organização criminosa chefiada por Sérgio Cabral.

Com informações do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e Sputnik