Porto Velho: Rodoviários  não aceitam propostas e decidem pedir demissão em massa do Consórcio SIM

Porto Velho: Rodoviários não aceitam propostas e decidem pedir demissão em massa do Consórcio SIM

16 de janeiro de 2020 Off Por Redação Revista do Ônibus

PORTO VELHO – Com paralisação desde o último sábado (11), os rodoviários de Porto Velho, decidiram pedir demissão em massa por falta de pagamentos e descumprimento em acordos coletivos. A decisão, ocorreu na tarde desta quinta-feira (16), após uma assembleia geral extraordinária realizada, depois de rejeitarem a última proposta apresentada pelos empresários durante uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho.

Durante a audiência, os rodoviários chegaram sugerir a medida, que seria o repasse de 50% da arrecadação da frota de ônibus, o que não foi aceito pelos empresários, não chegando em um acordo comum, durante a audiência comandada pela juíza auxiliar da presidência do TRT, Soneane Raquel Dias Loura, mesmo o  Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Urbano e com característica de Metropolitano de Passageiros no Estado de Rondônia (Sitetuperon) ter o pagamento confirmado pelo Consórcio Sim. 

Como os acordos anteriores não tinham sido cumpridos, a categoria decidir por se desligar do Consórcio.

“Infelizmente está aí. Pai de família que hoje acabou de pedir demissão. Ou seja, não tem perspectiva de nada porque você chegar em uma mesa com uma magistrada para fazer um acordo no próprio tribunal e ver o empresário simplesmente dizer que não tem dinheiro para suprir a necessidade dos trabalhadores para pagar aquilo que nós já trabalhamos, que já foi trabalhado, e querer dividir, parcelar. Não dá. O resultado está aqui: rescisão indireta individual por unanimidade”, declarou Francinei Oliveira, presidente do Sitetuperon, após a decisão.

Qual o motivo da greve?

Iniciada no sábado (11), a paralisação acontece devido aos atrasos nos salários e benefícios dos trabalhadores, segundo o sindicato que representa a categoria.

O presidente do Sitetuperon, Francinei Oliveira, diz que os atrasos são recorrentes, mas a situação piorou porque os funcionários passaram Natal e Ano Novo sem salário e enfrentam problemas por atrasar pensão, aluguel e parcelas de veículos financiados, por exemplo.

Conforme o Consórcio SIM, ainda estão atrasados os pagamentos da 2ª parcela do 13º salário de 2019 e o salário de janeiro, que venceu no dia 6.

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) divulgou nota de repúdio sobre a greve total do transporte coletivo em Porto Velho. Para a CDL, o efeito da greve é catastrófico e afeta diretamente o comércio da capital. “Os funcionários não comparecem a seus postos de trabalho, gerando atendimento de baixa qualidade, queda nas vendas e comprometendo o planejamento financeiro das empresas”.

A Prefeitura de Porto Velho, não tinha se manifestado até o início da noite desta quinta-feira (16), sobre o assunto.

Com informações do Sitetuperon