
França completa um mês de paralisação no transporte
6 de janeiro de 2020PARIS – Nesta semana, a França passará por novos protestos com mobilizações agendadas para a próxima quinta-feira (9) e também no sábado (11), em função da reforma previdenciária, que vem afundando o país, desde que em 5 de dezembro, desencadeou a paralisação do transporte francês.
Nesta semana haverá uma nova rodada de negociações entre o governo e os sindicatos, marcada para esta terça-feira (7), com objetivo de dar fim a paralisação que vem afetando ônibus, trens e o metrô desde o dia 5 de dezembro de 2019, sendo considerada a mais longe da história da França, superando inclusive a mobilização de 1986, quando os trabalhadores da companhia ferroviária francesa (SNCF) entraram em greve por 28 dias.
O Presidente Emmanuel Macron, com sua ambiciosa promessa eleitoral de eliminar os 42 regimes de aposentadoria existentes, substituindo-os por um universal com pontuação. Também pretende estabelecer um aumento de 62 para 64 anos na idade para se aposentar com benefício integral.
Após fortes interrupções no transporte durante o feriado de Ano Novo, a maioria dos franceses retomou o trabalho e as aulas nesta segunda-feira. As dificuldades de viajar continuaram, porém, principalmente na região de Paris, com linhas de metrô fechadas e circulação a conta-gotas, assim como ônibus lotados.
Apesar das baixas temperaturas, que na capital estão em torno de 5°C, muitos franceses não tiveram escolha a não ser andar de bicicleta, skate, ou a pé.
Nos acessos a Paris, mais de 400 quilômetros de congestionamentos foram registrados por volta das 9h da manhã.
Já nos trens de alta velocidade, que ligam as principais cidades do país, e nos regionais, houve uma ligeira melhora.
Com o retorno às aulas “o tráfego é mais denso, mas flui”, comentou a SNCF
Com informações de Agências Internacionais