RIO – O serviço do BRT Rio, que foi alvo de críticas por seus usuários ao longo de 2019, começou o ano de 2020, com menos quatro ônibus articulados fora de circulação. Desta vez, devido aos atos de vandalismo, que segue prejudicando os demais passageiros do Corredor TransOeste.
De acordo com o Consórcio BRT Rio, a depredação dos coletivos, ocorreram na madrugada do dia 1º de janeiro, onde os veículos precisaram ser retirados de circulação. Os ônibus tiveram vidros de janeiros e portas quebradas, alçapões arrancados e lataria amassada. Apesar das ações, ninguém ficou ferido.
Na manhã desta quinta-feira (2), a Estação Mato Alto, na Zona Oeste, estava lotada. Mas os passageiros afirmaram que o movimento neste primeiro dia útil do ano ainda é pequeno. Ou seja, a falta dos quatro ônibus vai provocar ainda mais prejuízos nos próximos dias.
Ainda segundo o Consórcio BRT, quatro ônibus articulados atendem a cerca de 4,8 mil passageiros por dia – cada ônibus um faz, em média, sete viagens por dia transportando 180 passageiros.
O passageiro que precisar embarcar nos ônibus do BRT Rio, reclama da superlotação, seria o pior problema do Consórcio BRT Rio. Uma reportagem do Bom Dia Rio da TV Globo, embarcou em uma viagem nesta quinta-feira (2), para mostrar o que os usuário passam todos os dias.
O embarque foi feito na estação Mato Alto, mas só aconteceu no terceiro ônibus que encostou na plataforma. O primeiro já estava lotado e não comportou quem aguardava. O segundo, sequer abriu as portas para o embarque. Já o terceiro estava vazio, porque partiu daquela estação. Em segundos ele ficou lotado, como informa a reportagem.
Diariamente os usuários do BRT Transoeste, reclamam do desconforto, da superlotação. “A situação é bem pior que a de hoje”, reforçou outra passageira. Questionada sobre como se sente ao utilizar o transporte, outra passageira disse se sentir “como todos os brasileiros se sentem: um lixo, humilhado e sem opção”.
A falta de fiscalização da Prefeitura do Rio e dos órgãos competente, segue deixando o serviço precário. Acredita-se que na próxima segunda-feira (6), quando muitas pessoas estarão usando o serviço, a situação tende a piorar, mesmo com a inclusão dos ônibus articulados atingidos por vandalismo no último dia 1º.
Em nota, o Consórcio BRT Rio informa que as condições precárias das vias dedicadas à operação do BRT, principalmente os corredores Transoeste e Transcarioca, provocaram o desgaste acentuado dos ônibus, muitos deles em situação de destruição completa, exigindo a retirada de operação, com reflexos óbvios na eficiência e qualidade do serviço ofertado, como a superlotação.
Dentro deste cenário, acrescenta-se ainda a questão do vandalismo, que é uma realidade diária do sistema. O vandalismo acarreta a retirada dos veículos de operação para manutenção, o que prejudica os passageiros do dia a dia. Uma porta quebrada pode tirar um ônibus de circulação por um dia, se for um vidro quebrado, por exemplo, ou até cinco dias, se for afetado o mecanismo. Se a gente levar em consideração que um articulado carrega em média 180 pessoas e faz também em média 7 viagens por dia, são mais de 1.200 pessoas que vão lotar outros ônibus, a cada dia que esse articulado estiver na garagem em manutenção.
Além disso, há o problema da evasão. A média de calotes por dia ultrapassa o número de 70 mil. O prejuízo estimado com esta prática é de aproximadamente R$6 milhões por mês, o que daria para comprar mais cinco articulados, por exemplo.
Lembramos que nos mais de 140 países onde existem sistemas BRT, os veículos duram 20 anos. Mas, no Rio, o tempo médio é de apenas cinco anos, em função das péssimas condições das pistas e dos atos de vandalismo.
Algumas estações como Mato Alto, Santa Cruz e Pingo D’água foram subdimensionadas. O projeto não foi feito pelo BRT, nós apenas operamos.
Sobre os atos de Vandalismo, o Consórcio BRT Rio informa que a depredação de articulados nos corredores do BRT afetou a vida de mais de 19 mil passageiros nesta quinta-feira, o primeiro dia útil de 2020.Da noite do dia 31 de dezembro até a manhã do dia 2 de janeiro, 16 veículos foram vandalizados. Os veículos tiveram vidros das janelas e portas quebrados, portas destruídas, alçapões arrancados e lataria amassada ao longo dos corredores Transoeste e Transcarioca. Felizmente sem feridos, as ações criminosas deixaram todo o sistema com intervalos irregulares.
O vandalismo acarreta a retirada dos veículos de operação para manutenção, o que prejudica os passageiros do dia a dia. Uma porta quebrada pode tirar um ônibus de circulação por um dia, se for um vidro quebrado, por exemplo, ou até cinco dias, se for afetado o mecanismo. Se a gente levar em consideração que um articulado carrega em média 180 pessoas e faz também em média 7 viagens por dia, são mais de 1.200 pessoas que vão lotar outros ônibus, a cada dia que esse articulado estiver na garagem em manutenção.
Como foram 16 articulados vandalizados, cerca de 19.200 passageiros serão afetados por dia até que os veículos sejam consertados.
Procurada, a Secretaria Municipal de Trasportes – SMTR da Prefeitura do Rio, informa que nos últimos meses, o Consórcio BRT foi multado 470 vezes, por irregularidades cometidas na prestação dos serviços.
Ressaltamos que a participação da população é fundamental no registro de denúncias acerca dos transportes públicos municipais para que as ações sejam direcionadas e as irregularidades coibidas. Os registros devem ser feitos através da Central de Atendimento da Prefeitura, 1746.
This post was last modified on 2 de janeiro de 2020 16:33
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