Prefeito de Belo Horizonte confirma que não haverá aumento de passagem sem cobradores nos ônibus

Prefeito de Belo Horizonte confirma que não haverá aumento de passagem sem cobradores nos ônibus

24 de agosto de 2019 Off Por Redação Revista do Ônibus

BELO HORIZONTE – O impasse no aumento da tarifa de ônibus em Belo Horizonte está lançado. O Prefeito da cidade, Alexadre Kalil rebateu o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte – Setra/BH, um dia após Joel Paschoalin, sinalizar que os empresários podem continuar abrindo mão da presença de cobradores nos ônibus da cidade nos horários obrigatórios e um possível aumento na tarifa. Para Alexandre Kalil, não haverá aumento na passagem em 2019, enquanto os cobradores não retornarem aos ônibus.

o Prefeito informou que o governo municipal está averto para um diálogo, porém, deixou bem claro que se o empresariado não cumprir a lei, não contarão com aumento na tarifa. “Eu já disse, se não tiver trocador não tem aumento. Se tiver a gente cumpre o contrato. Existe um contrato, o prefeito não dá aumento para ninguém. Isso não é prerrogativa do prefeito. É um contrato que foi feito há anos e anos atrás. Se descumpre o contrato de um lado, o prefeito se julga no direito de descumprir o contrato do outro”, disse Kalil durante visita ao campo do cigano, no Bairro Lagoa, na Região de Venda Nova, que foi revitalizado ao custo de R$ 410 mil.

“Nós temos que chegar em um termo. O serviço de transporte tem melhorado, os ônibus tem melhorado como eu prometi. Não se emplaca mais ônibus em Belo Horizonte sem ar condicionado e sem suspensão a ar, então nós vamos conversar. Vamos conversar na hora que eles quiserem conversar. Se eles não quiserem conversar também eles ficam sem trocador e ficam sem aumento“, completou o prefeito.

Ontem, durante lançamento de um aplicativo gerenciado pelo consórcio das empresas de ônibus, Joel Paschoalin comparou a figura dos cobradores com o cargo de ascensorista, que tem sido cada vez mais raro, e disse que é necessário investir em tecnologia para evoluir o sistema e avançar, retirando o dinheiro de dentro dos coletivos.

Outra questão levantada pelo presidente do Setra é a necessidade de criar mais faixas exclusivas para ônibus na cidade, principalmente na Avenida Amazonas, onde a velocidade média dos coletivos no horário de pico é muito baixa. Segundo Joel Paschoalin, esse é o principal problema que impacta na eficiência do sistema e gera reclamações dos usuários. Kalil respondeu dizendo que a prefeitura está estudando o assunto.

Com informações da Prefeitura de Belo Horizonte e Estado de Minas