Compra de ônibus articulado em Manaus virou crise diplomática, diz prefeito

Compra de ônibus articulado em Manaus virou crise diplomática, diz prefeito

23 de maio de 2019 Off Por Redação Revista do Ônibus

MANAUS – Em entrevista a um site de notícias local na manhã desta terça-feira, 21/5, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, revelou que a dívida das empresas do transporte coletivo da capital, que se acumulam desde a gestão do ex-prefeito Amazonino Mendes, criou uma crise diplomática com a Suécia .

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Foto: Reprodução de Rede Social

Segundo Arthur, durante o governo de Amazonino Mendes as empresas de transporte foram obrigadas a comprar, de uma só vez, 366 ônibus novos, sendo alguns deles articulados e, por terem carroceria e motores da empresa sueca Volvo, foram negociados com pagamento em dólar.

“Eles fizeram os empréstimos [à época] com dólar a R$ 1,80, sem fazer o chamado Hedge, que é a proteção cambial. Ou seja, faço um negócio e digo que é R$ 1,80, mas se o dólar subir para R$ 4, continuaria em R$ 1,80 a prestação do ônibus. Isso não foi feito e a dívida, agora, está muito difícil de pagar”, detalhou o prefeito. “Foi uma irresponsabilidade enorme. Falta de conhecimento em economia, do ponto de vista de quem governava, e falta de conhecimento dos empresários que não estavam acostumados a fazer esse tipo de operação”, completou.

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Foto: Reprodução de TV

O prefeito afirmou, ainda, que, além de problemas financeiros no sistema de transporte, deixando os empresários endividados e sem crédito para novos financiamentos, a negociação causou embaraços diplomáticos para o Brasil. “Eu tenho respondido por isso. Tenho dialogado com a embaixada sueca, com o Itamaraty. Disse ao embaixador e disse ao pessoal do banco HSBC que poderiam ter sugerido o Hedge. Como bons negociantes, deveriam ter avisado que poderiam fazer a operação com ou sem a proteção”, finalizou.

Com informações do Blog Mário Adolfo e Prefeitura de Manaus